Três coisas que devem ser feitas por quem decide ir embora do Brasil


Violência, cenário econômico e perspectiva de futuro têm sido os fatores mais apontados por quem deseja ou já decidiu ir embora do Brasil. Pesquisa recente da PUCRS com jovens entre 18 e 24 anos mostrou que 37% se enxergam longe do País no futuro. Quase metade citou o Canadá como destino.
Diretora da AZM Assessoria em Câmbio, Aldrey Zado Menezes vê isso no dia a dia do escritório. A demanda de clientes por providências para sair do Brasil cresceu 60% em um ano.
- Recebo jovens casais quase todos os dias. Alguns, com filhos pequenos. Semana passada, embarcamos um casal. Uma médica e um contador.
A maioria quer ir para o Canadá. Vancouver é, disparada, a cidade preferida. Depois, pedem Portugal, Irlanda e Estados Unidos.
- Vários clientes fazem intercâmbio para aprimorar um idioma e testar a adaptação ao país. Em caso positivo, voltam ao Brasil e começam a se organizar para uma mudança definitiva. E tem quem já fica.
Mas não é fácil resumir a vida em uma mala. Questões emocionais e práticas precisam ser resolvidas. A consultora Aldrey Menezes sugere três coisas que precisam ser feitas:
1 – Fale com quem já foi - Conversar com as pessoas que foram morar no exterior. As que ficaram e as que voltaram. Questione os motivos, as dificuldades e as vantagens dessa mudança de vida. É possível achar essas pessoas por meio de indicações de amigos, blogs e grupos de viagem no Facebook.
2 – Escolha bem o país - A maioria dos brasileiros tem ido para o Canadá. Mas varia conforme os conhecidos que a pessoa tem no país, se tem dupla cidadania, se pretende estudar, onde há vagas e oportunidades de trabalho… São questões muito importantes.
3 – Dinheiro $ - Decidido? Vamos aos aspectos práticos da grana. Uma assessoria de câmbio ajuda nisso. Há formas de envio de dinheiro ao exterior. Em geral, é simples, mas é preciso saber como fazer. Aldrey recomenda que leve um pouco em espécie, que tem alíquota menor de Imposto sobre Operações Financeiras. Um pouco em cartão pré-pago também.
- Tem que chegar no país e abrir uma conta bancária. No geral, é bem simples. Só precisa passaporte e endereço. Com a conta bancária, é possível enviar dinheiro daqui para lá. Sem custo, só se for a pessoa mesmo ou os pais mandando.
Não é usado o câmbio turismo. Usa-se uma cotação mais baixa e que também tem IOF menor. Mas tem o chamado swift, que é uma taxa de transferência e o valor varia conforme a corretora. O dinheiro chega em um dia útil.
- Mas nem sempre se consegue mandar todo o dinheiro que a pessoa tem aqui. Para enviar tudo, é preciso “dar saída definitiva”. Poucas pessoas fazem isso. - complementa a consultora.
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