Muitos dos nossos clientes nos perguntam como fazer para imigrar para o Canadá com a família. Existem muitas informações a respeito de como fazer para imigrar sozinho, quais são os benefícios e os desafios, mas nem sempre fica claro como funciona o passo a passo para quem deseja imigrar com a família.
Hoje vamos falar um pouco sobre como funciona essa categoria específica de imigração!
Em primeiro lugar, o que é uma família?
Bem, essa pergunta parece meio sem sentido, afinal todo mundo sabe o que é uma família, certo?
Acontece que, para fins de imigração, somente os dependentes diretos do aplicante principal são considerados. Isto é, se desejam aplicar juntos para um mesmo processo. Depois disso, quando já estiverem morando no Canadá, aí sim podem ajudar outros membros da família a imigrar através de programas de sponsorship.
Recapitulando: para um mesmo processo, somente serão considerados familiares os dependentes diretos do aplicante principal, ou seja, cônjuge e filhos.
aplicante principal é quem puxa as rédeas do processo de imigração, e geralmente isso é definido levando em consideração as qualificações da pessoa e o que é exigido pelos programas de imigração.
Outras configurações de família
É interessante levantar algumas peculiaridades dessa definição. Por exemplo, o cenário mais fácil em termos de imigração seria que o casal seja realmente casado e ambos possuam a guarda dos filhos. Mas existem tantas configurações familiares que, na prática, nem sempre é isso que acontece.
Assim, o que acontece quando, por exemplo, o casal não é casado? Ou o que acontece quando os pais são divorciados e ambos têm a guarda dos filhos, mas um não quer imigrar? E o que acontece quando existe um filho de um relacionamento anterior?
Existem vários cenários possíveis. Vamos falar um pouco sobre cada um deles.
Quando o casal não é casado, existem duas alternativas: uma delas, como você já deve ter imaginado, é casar. Não existe um tempo mínimo necessário que o casamento precise ter antes de ser possível aplicar para um processo de imigração. A outra opção é comprovar união estável, e isso se faz não somente com a certidão de união estável, que na verdade tem pouco valor para a imigração canadense, mas com documentos que comprovem que vocês estão juntos há pelo menos 12 meses. Esses documentos podem ser extratos de contas conjuntas, contas de casa que vêm no nome dos dois, ou, caso tenham casa própria, um comprovante (se possível) de que o imóvel está no nome dos dois. Em suma, documentos que comprovem que vocês são uma família.
Quando os pais são divorciados e ambos possuem a guarda dos filhos mas um dos pais não deseja imigrar, a solução é, em primeiro lugar, conversar sobre as opções e chegar a um acordo sobre o que fazer. Caso decidam que o filho deve ir junto com um dos pais para o Canadá, o pai que fica deve assinar um documento permitindo que o filho imigre para o Canadá com o outro pai.
Funciona da mesma forma quando existem filhos de relacionamentos anteriores, mesmo que os pais estejam casados novamente. Contanto que haja autorização expressa de ambos os guardiães legais da criança, ela poderá ir junto para o Canadá.
Para filhos adotivos funciona da mesma maneira que para os filhos biológicos.
Programas de imigração: o que muda?
Para os programas de imigração, realmente não existe muito segredo. Basicamente, todos os programas para os quais que você poderia aplicar sozinho também estão abertos para a aplicação de famílias, pois na verdade sempre existe uma pessoa que será o aplicante principal. Lembramos aqui que o “aplicante principal” é a pessoa cujas qualificações se encaixam melhor para um programa de imigração.
Mesmo assim existem duas questões principais que podem funcionar de maneira diferente quando se trata da aplicação de uma família: a comprovação financeira e a pontuação.
Comprovação financeira
Em vez de uma pessoa estão vindo duas, três ou quatro. Ou cinco. Então o valor mensal a ser gasto com aluguel, alimentação e produtos do dia a dia também será maior. É com esse raciocínio que o governo canadense estabelece os valores mínimos a serem comprovados na hora de aplicar para um programa de imigração, seja sozinho ou com a família.
De acordo com o site oficial da imigração canadense, a respeito da comprovação financeira para o Express Entry, o aplicante principal deve demonstrar que possui os meios para sustentar a família após a chegada no Canadá, mesmo que a família não pretenda viajar junto com ele. Os valores a serem comprovados variam de acordo com o número de membros da família. No entanto, não será preciso comprovar essas quantias caso o aplicante possua uma oferta de trabalho no Canadá, ou caso já esteja no Canadá, trabalhando ou com permissão de trabalho (work permit) válida.
Pontuação para o Express Entry
Para o Express Entry, a pontuação é computada de forma diferente para famílias (lembrando que aqui só contam os pontos do aplicante principal e do cônjuge, já que os filhos são classificados como dependentes).
filhos maiores de 19 anos de idade não podem imigrar junto com os pais como dependentes
É importante saber que a pontuação máxima que o candidato pode alcançar é a mesma, independentemente de ser casado ou não. A única coisa que muda é a maneira como esses pontos são distribuídos. Por exemplo, se você aplica sozinho, você é responsável, digamos assim, por todos os seus pontos, mas se você aplica com o cônjuge, os pontos serão divididos entre vocês dois, sendo que o aplicante principal sempre será responsável pelo maior número de pontos.
Assim, para o Express Entry, existem diferentes categorias nas quais o candidato pode somar pontos. Uma delas é a categoria de skills & experience (habilidades & experiência), que conta fatores como idade, educação, proficiência em inglês ou francês e experiência de trabalho canadense. Essa categoria é responsável por computar um total de 500 pontos que farão parte da pontuação final do candidato, e esses 500 pontos são a soma total dos pontos conseguidos nas sub-categorias (idade, etc.). Então não importa se você está aplicando sozinho ou com o cônjuge, o total máximo será sempre 500 pontos.
O que muda? Quando você aplica sozinho, as suas habilidades e a sua experiência contam no máximo 500 pontos. Quando você aplica com o cônjuge, as suas habilidades e experiência contam 460 pontos, mas as habilidades e experiência do cônjuge contam os 40 pontos restantes, totalizando 500.
Adaptação
Um fator muito importante a ser levado em consideração quando se pretende imigrar para o Canadá com a família é a questão da adaptação!
fique atento ao nosso blog: pretendemos publicar logo logo um texto inteiro focado na questão da adaptação ao Canadá, principalmente para famílias com filhos!
É verdade que, independentemente de vir sozinho ou com a família, será preciso se adaptar a uma nova cultura e a novos locais de trabalho e lazer. Será preciso fazer novos amigos e novos contatos profissionais, praticar o idioma, etc. Mas também é verdade que quando se tem uma família as prioridades são diferentes.
Por exemplo, quem tem uma família com filhos provavelmente não estará disposto a dividir uma casa com um roommate desconhecido, como é bem comum no caso de solteiros. Quem tem crianças pequenas irá precisar levar em conta os custos do daycare, e quem tem crianças maiores irá precisar se informar sobre como funciona para fazer a matrícula em uma escola pública, além de precisar se familiarizar com o sistema de ensino canadense, que pode ser bem diferente do brasileiro. Quem tem filhos adolescentes (principalmente a partir de 16 anos de idade) precisa se informar a respeito de assuntos como carteira de motorista, aplicação para universidades, estágios e trabalho. Gastos extras, como passagens de ônibus para os filhos, por exemplo, também precisam ser considerados.
Quando fazemos as contas, o que se gasta no Canadá com uma família é parecido, de certa forma, com o que se gasta no Brasil, pois no Brasil ainda é preciso arcar com as despesas de escolas particulares (que são preferidas por cada vez mais famílias) e planos de saúde. Não esqueça que trabalhando no Canadá você irá ganhar em dólar, então o ideal é não depender muito da conversão que geralmente fazemos entre dólar e real. Essa conversão às vezes assusta, e é normal, mas, uma vez aqui no Canadá e trabalhando, um casal consegue tranquilamente arcar com as despesas de uma família.
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